Amor bandido. Quem nunca foi vítima? Tema recorrente em novelas e músicas sertanejas, esse amor que machuca tanto – também corta o peito do torcedor de futebol. Num dia a gente esbraveja “Vou rasgar a camisa!”, “Vou quebrar meu cartão de sócio”, “Nunca mais volto a um jogo desse time”. No outro, morremos de remorso e renovamos o amor e a devoção ao time do coração. Ser torcedor de futebol é viver eternamente num relacionamento abusivo com o time.
Um estudo feito pela Universidade de Sussex, do Reino Unido, constatou que futebol causa mais tristeza do que alegria. A pesquisa revelou que o saldo negativo de uma derrota impactam mais o torcedor do que a felicidade da vitória. E apesar de toda dor e sofrimento, da decepção que podemos sentir com um jogo, na rodada seguinte estaremos na arquibancada, de frente à TV ou com o radinho ligado acompanhando o time – às vezes com a certeza de que iremos passar ainda mais raiva.
Vivemos uma relação de amor e ódio com o atual Cruzeiro. Após o jogo contra o São Paulo, saímos do Mineirão decepcionadas, tristes e abatidas com mais um jogo apático do time de Mano Menezes. Xingamos, vaiamos, lamentamos, chutamos as cadeiras, desistimos de todos os títulos em disputa. Horas depois, nossas cabeças já estavam no jogo contra o Santos. São coisas, como disse Tom Jobim, que só o coração pode entender.
O Podcast de hoje é sobre amor. Amor safado. Amor bandido, amor… pelo Cruzeiro.