Nos últimos dias vimos as diretorias do Cruzeiro e do Atlético posarem como machos e agirem como crianças em ações que giravam em torno do clássico.
Os clubes de futebol no Brasil deveriam saber a responsabilidade que seus atos têm quando diz respeito aos seus torcedores. As torcidas na sociedade não são únicas por determinação da polícia: somos vários clubes, várias etnias, diferentes sexos, orientações sexuais e muitas outras diferenças.
A convivência com a rivalidade faz parte de uma sociedade onde famílias não são formadas a partir do time que torcem, mas a educação desta e das próximas gerações também vê o futebol como uma escola.
O futebol também faz parte da formação deste Brasil, por mais estranha que seja essa afirmação. Não é a toa que o Vargas, em meio ao seu governo populista, optava por fazer seu discurso de 1º de maio em São Januário. Ou que a ditadura tirou o nosso Dirceu da Copa de 70 para levar o Dadá Maravilha, ou que o Gérson – que jogou a mesma Copa – fez de seu nome um dito popular que é chamado de lei.
A importância do futebol na sociedade brasileira é indiscutível, por isso também estamos aqui para questionar o porquê da dificuldade de demonstrar o posicionamento em relação ao combate à homofobia, fato este que foi lembrado internacionalmente no dia 17 de maio, quando apenas o Vasco e o Bahia fizeram algo.
Já faz um ano que o Mineirão se posicionou de uma forma simples, porém com muito significado a respeito deste assunto. Como somos uma sociedade de diversos valores, porque o futebol ainda não tem a coragem necessária para discutir esse assunto?
Imagem da arte: Rafael Araújo
Participantes:
Participações Especiais:
Rivelle Nunes – Assessoria Mineirão